Vendas de imóveis novos crescem 18% no 1º semestre em SP

A venda de imóveis novos residenciais na capital paulista somou 17.005 unidades no primeiro semestre, com elevação de 18,4% ante o mesmo período no ano passado, que teve o desempenho afetado pelo agravamento da crise econômica mundial, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.

Os imóveis de dois dormitórios tiveram a maior participação nas vendas, representando 35,3% do total, seguido pelas unidades com três dormitórios (35,1%). A capital do Estado respondeu por mais da metade (50,6%) das moradias vendidas na região metropolitana de São Paulo (33.576), que engloba outros 38 municípios.

Já a quantidade de lançamentos, contabilizada pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos sobre o Patrimônio), registrou expansão de 66,5% no mesmo comparativo, totalizando 13.566 moradias postas à venda entre janeiro e junho deste ano.

O movimento se deve ao maior acesso da população ao crédito habitacional, assim como o interesse dos bancos por esse tipo de financiamento, e ao programa Minha Casa, Minha Vida, que usa recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e foi lançado pelo governo federal em março do ano passado com a meta de atingir um milhão de moradias até o final de 2010.

Com isso, o preço do metro quadrado de área útil dos imóveis novos subiu 37,4% desde janeiro de 2005 na comparação com junho de 2010, considerando o valor médio dos lançamentos registrado nos últimos 12 meses, de acordo com a metodologia do Secovi. No mesmo período, o INCC (Índice Nacional da Construção Civil) subiu 45,3%.

FINANCIAMENTOS

As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$ 23,8 bilhões no primeiro semestre em todo o país, registrando o melhor resultado para esse período da série histórica, iniciada em 1967, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Com condições mais favoráveis ao tomador do empréstimo, com taxas de juros menores e o alongamento dos prazos de pagamento, o percentual de financiamento dos imóveis vem crescendo nos últimos anos, atingindo entre janeiro e junho uma média de 61,9% do valor total da moradia.

Na Caixa Econômica Federal, que domina esse mercado, os empréstimos habitacionais chegaram a R$ 40,1 bilhões nos sete primeiros meses do ano, mais do dobro (104%) em relação ao mesmo período de 2009.

Os sucessivos recordes estão levando o banco a começar a procurar fontes alternativas de financiamento, além do FGTS e da poupança. Para Jorge Hereda, vice-presidente de Governo da instituição financeira, 'temos mais uns três anos para conseguir equacionar essa questão'.

Fonte: Folha.com

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