Governo deve bater meta para baixa renda no "Minha Casa" até setembro

A Caixa Econômica Federal deve parar de contratar projetos de construtoras dentro do programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda de até R$ 1.395 em setembro. No final de agosto ou no início do mês seguinte, a meta de 400 mil moradias estipulada pelo governo federal já deve ter sido atingida, segundo o vice-presidente de Governo do banco, Jorge Hereda.

Até junho, já foram contratadas 256,3 mil unidades, atingindo 64% do limite para essa faixa. A Caixa, no entanto, recebeu 539,6 mil propostas, ou seja 135% da meta. O excedente será contratado no próximo ano, segundo Hereda, já sob os novos valores do programa federal, que estão sendo discutidos pelo governo para o Minha Casa, Minha Vida 2.

Outra opção para as construtoras é reformular a proposta para enquadrá-la na faixa de renda que vai até R$ 2.790, que está mais longe de alcançar a meta --55% das 400 mil moradias previstas.

Atualmente, os imóveis para famílias com renda até R$ 1.395 devem custar, no máximo, R$ 52 mil, o que é considerado baixo pelas construtoras nas grandes cidades devido à valorização dos terrenos. "É óbvio que vai ter reajuste. Mas vivemos num país em que não se pode falar em indexação. Vamos ficar atentos para que o programa não se inviabilize", disse, sem arriscar futuros limites.

Para este ano, não há possibilidade de elevação. A divisão por faixa de salários mínimos continua tendo como base o piso (R$ 465) na época do lançamento do programa, beneficiando famílias com renda mensal de até R$ 4.650. Nem a vinculação ao salário mínimo está garantida, de acordo com Hereda. "Estamos discutindo como transformar o Minha Casa, Minha Vida em um programa perene."

Para ele, reajustes do programa "a todo momento" não resolveriam o problema da valorização imobiliária. "Isso iria colocar mais lenha na fogueira", afirmou.
Ao todo, o programa teve 543 mil contratos assinados até junho. Até a semana passada, o número subiu para 551 mil, pouco mais da matede da meta de um milhão de unidades, que deve ser batida até o final deste ano. A Caixa recebeu cerca de 950 mil propostas para análise.

Para famílias com renda mensal entre R$ 2.790 e R$ 4.650, a meta de 200 mil moradias pode ser ultrapassada, segundo Hereda, já que não há subsídio federal para essa faixa. "Para zero a três [salários mínimos da época do lançamento] é mais difícil porque o subsídio é na veia", completou, referindo-se aos recursos provenientes do Orçamento Geral da União.

Fonte: Folha.com

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