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O Copan é um dos mais importantes e emblemáticos  edifícios da cidade de São Paulo, localizado no número 200 da Avenida Ipiranga, no centro, e foi inaugurado em 1966. É um símbolo da arquitetura moderna brasileira, cujo projeto foi concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em 1954, por ocasião do Quarto Centenário da cidade de São Paulo, mas iniciado só em 1957, após algumas alterações, e finalizado com a ajuda de Carlos Alberto Cerqueira Lemos.
O prédio tem a maior estrutura de concreto armado do país, com 115 metros de altura, 32 andares e 120 mil metros quadrados de área construída, dividida em seis blocos, com um total de 1 160 apartamentos de dimensões variadas, numa estimativa de cinco mil residentes das diferentes classes sociais e mais de setenta estabelecimentos comerciais. Descrito como tendo "linhas sinuosas e elegantes", é considerado a maior estrutura de concreto armado do Brasil. O principal intuito era ser considerado um grande centro urbanístico, assim como o Rockfeller Center, porém, principalmente pelo fato de a cidade de São Paulo, naquele contexto, demonstrar um enorme potencial para o mercado imobiliário e turístico, o edifício teve seu plano original alterado.


Lançado no fim da Segunda Guerra, o edifício Arouche foi anunciado na edição do Estado do dia 15 de junho de 1944 como uma das primeiras construções em condomínio a ser terminada na cidade de São Paulo.

No número 184 do largo, o prédio tinha como principal atrativo o fato de ter um abrigo antiaéreo, o que deveria ser uma vantagem tão importante na época quanto uma “varanda gourmet” de hoje. O anúncio destacava as linhas sóbrias e elegantes, a excelência da localização “em um dos bairros mais centrais da cidade” e o conforto dos apartamentos.

O empreendimento da companhia Mendes Figueiredo foi construído por Perez de Moraes e Barros Leite. O prédio ainda existe hoje, mas nem o síndico sabe do abrigo antiaéreo.

A região sofreu com a falta de segurança nos anos 1970 e 1980. Antigamente conhecida por sua tradicional feira livre e por suas barracas de flores, o largo passou a ser conhecido como uma  região de prostituição de São Paulo, a Boca do Lixo.

Nos anos 1990, projetos de revitalização da região central traziam de volta a beleza de outros tempos às ruas do Arouche. Na mesma época o sucesso do programa humorístico 'Sai de Baixo' tornavam a região nacionalmente conhecida (saiba mais nas páginas salecionadas abaixo). Com a chegada da Linha Amarela do Metrô à Praça da República, em 2011, a região valorizou-se.

O largo, conhecido pelas floriculturas, restaurantes e arquitetura histórica, tem esse nome porque eram terras do coronel Arouche de Toledo Rondon, que usava a área para exercícios militares.


A história do bairro do Pacaembu remonta ao século XVI, quando a Sesmaria do Pacaembu foi doada aos jesuítas por Martim Afonso de Sousa. Na época, os jesuítas a subdividiram em Pacaembu de Cima, Pacaembu do Meio e Pacaembu de Baixo. Os religiosos resolveram catequizar os índios da região. Para tal fim, estabeleceram-se em várias aldeias da região. Uma delas situava-se próxima dum riacho que sofria inundações frequentemente. Era o paã-nga-he-nb-bu, ou seja, Pacaembu, que, na língua indígena tupi-guarani, significa "atoleiro" ou "terras alagadas".
Outra interpretação etimológica do termo, no entanto, aponta para o significado "rio dos pacamãos (Lophiosilurus alexandri)", através da junção dos termos tupis paka'mu (pacamão) e 'y (rio).
Segundo o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro, no entanto, "Pacaembu" é oriundo da língua tupi antiga, com o significado de "córrego das pacas", através da junção de paka (paca) e 'yemby (córrego).
Como a maioria dos bairros paulistanos, formou-se do loteamento de diversas propriedades rurais originadas com os jesuítas. Uma delas era o Sítio do Pacaembu. Com o passar dos anos, o sítio isolado coberto por vegetação foi subdividido em pequenas chácaras majoritariamente cultivadoras de chá.

No ano de 1912, a empresa inglesa City of São Paulo Improvements and Freehold Company Limited adquiriu terrenos na cidade. Uma dessas áreas seria o futuro bairro do Pacaembu. A empresa anunciava a criação de bairros baseados nos princípios básicos da garden-city, causando alvoroço entre os paulistanos. Pelo fato de o bairro se situar em um vale, a City enfrentou diversos desafios, como o terreno acidentado e dificuldades de logística e transportes, onde eram utilizados burros de carga.

Pelo fato de ser um plano arquitetônico ambicioso, nunca visto na cidade e bem maior do que o pioneiro Jardim América, foi embargado de início pela Câmara Municipal. Com a aprovação dos órgãos municipais, o projeto foi retomado em 1925, quando a Cia. City começou o loteamento e a urbanização da região. As primeiras modificações na região foram a canalização do ribeirão Pacaembu, a formação da primeira via do bairro, a Avenida Pacaembu, além da drenagem e aterramento de grandes áreas.
O bairro foi projetado de acordo com o modelo cidade-jardim, através de ruas de traçado sinuoso, grandes terrenos e áreas ajardinadas. Houve, também, melhorias em eletricidade, rede de água e esgoto. Dez anos mais tarde, houve uma intensa divulgação para a venda de terrenos recém-criados. Vale ressaltar que o poder público colaborou com algumas dessas benfeitorias. Assim como o Jardim América, o bairro atraiu ricos comerciantes, industriais e barões de café, e começaram a surgir casarões construídos por sob a supervisão da companhia.

Fontes: Wikipédia, Estadão

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